Os dias passaram, chegou um mês. Os meses passaram e chegou um semestre. Ele já estava desesperado, porque não arrumava emprego. Não porque era desqualificado, era até muito qualificado; mas pela idade e sua própria descrença.
Saía todos os dias às sete da manhã e só retornava às seis da tarde. Afinal, tinha que alimentar a sua família. Era um homem sofrido e ainda por cima, a mãe estava doente e ele próprio sofria de hipertensão e um estresse começava a lhe aparecer.
Certo dia, com fome, ele entrou e um bar. Pegou seu pouco dinheiro e comprou um sanduíche com refrigerante. Ao sair, avistou um homem pobre, descalço e sujo. Caminhou na direção dele e pensou: “eu reclamando e o pobre ali. No mínimo eu tenho casa, comida, família e ele não deve ter nada e ainda sorri”.
Eis que, sem perceber, ele se encontrava em frente daquele pobre ser, podia ser uma visão hedionda e até repugnante, mas, devido seu sentimento de justiça social, não era. O homem levantou a cabeça e o olhou dentro do olho, lhe pediu um trocado.
Ele vasculhou a carteira e todo o dinheiro que tinha, daria apenas para voltar para casa e retornar no dia seguinte. Puxou, então, a passagem do dia seguinte e deu ao pobre homem. Mas continuava angustiado. Por quê? Se ele já havia dado o dinheiro. Era porque morava perto e poderia ir a pé para casa. Voltou e deu todo o restante de seu dinheiro aquele homem. Este lhe sorriu e falou: “Deus lhe pague. vocÊ conseguirá aquilo que mais deseja”.
Chegando em casa, cansado, pois na era nenhum moço, contou à mulher o acontecido, inclusive o que o pobre homem havia dito. Ela lhe deu um longo abraço terno. E contou-lhe que o telefone havia tocado minutos antes da sua chegada. Um homem disse para ele estar no dia seguinte, numa determinada empresa para começar a trabalhar, no entanto, ele não sabia como conseguiram seu telefone, pois não havia enviado currículo para aquela empresa.
Ele, prontamente, lembrou-se do cidadão de rua. Tamanha foi a sua surpresa ao chegar no seu primeiro dia de trabalho naquela empresa, pois havia uma grande foto na parede, um pôster de corpo inteiro do dono da empresa, que falecera um dia antes pela manhã. Adivinha quem era o dono da empresa? Aquele pobre homem que ele encontrara na rua.
Não entendera bem a questão, mas era muitíssimo grato ao espírito daquele bondoso senhor. Portanto, dê e recebereis, cada um de nós tem um bom propósito nessa vida terrena. Deus recompensa aquele que de si mesmo souber doar.
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