terça-feira, 16 de junho de 2009

Introspecção

Parei. Não podia fugir. As fronteiras eram inalcançáveis e deveras longe.
Quando fiquei inerte, comigo mesmo, vi-me questionando sobre mim, me descobrindo.
De repente, corri, sem cansar, por todos os lugares, em busca de minha identidade.
Procurei entender a importância do meu Eu.
Meus pensamentos e sentimentos mais interiores eram trazidos à tona para expressar uma momentânea vontade.
Agora me encontrava examinando minha própria mente, meus próprios sentimentos,
em busca de algo que aprovasse minhas atitudes e relevassem meus atos.
Contudo, inundava os meus sonhos com afirmações distorcidas de difíceis cognições.
Procurava uma só resposta para satisfazer a minha ignorância.
Ó pseudo-intelecto, fantasioso analfabeto.
Sim! Somos um tipo de animal indeciso.
Na indecisão, duvidamos do poder e da própria existência.
Somos um todo um pouco Descartes.
Não agimos por instinto.
E o que é o instinto, senão um mistério inexplicado.
Até onde vai essa fronteira do pensar coerente?
Esta introspecção é válida, na verdade,
e devemos conhecer a si, pois somos um universo infinito.
Depois, tentaremos entender, do alto de nossa imbecilidade, aquilo que nos cerca.
Portanto, observe-se interiormente.
Avalie-se.
Examine os seus próprios pensamentos e sentimentos.
Só assim, entenderás as suas atitudes,
mas nunca descobrirás a razão plena de seus atos.

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