Encontro-me aguardando diante do monumento ao grotesco. Penso em cada coisa e redijo mentalmente uma angústia. Será esta redação arma ou flor? A única verdade virá com o fim de algo esperado ou com o tempo, como apregoam os pseudo-otimistas.
Quero apenas viver o real e não me esvair em devaneios. Posso estar prevendo um pesadelo, uma catástrofe ou isso é apenas personalidade de um poeta? Isso é muito esquisito. Tudo se passa na minha mente como um capítulo escrito, com a tinta da tristeza e angústia, de um romance “me gusta”, em que o protagonista é testado e o vilão, apenas, desajustado.
Peco em meu próprio julgamento precoce e cego. Talvez com visão da razão ou afundado na cegueira da emoção. Queria ter a resposta para todos os enigmas, a sapiência plena. Mas o que tenho é a ignorância de um simples mortal. Qual será, então, a chave que abre a porta da certeza?
Estaria num mundo governado pela matemática? Num mundo no qual os seguidores de Baco desfilam seus tubérculos?
Viveria como um nefelibata, esperando a redenção? Viveria com o um jardineiro do jardim do inferno surreal. Não sei. Só sei que não sei. Por isso vivo a cada dia, mês testando e me dando ao jugo da vida.
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