terça-feira, 16 de junho de 2009

Sangue e Poesia

Escrevo poema em prosa, com o sangue de meu corpo que esvai sob estas páginas em branco. A pena é a vera arma sangrando o meu coração. Essa fina lâmina penetra o meu peito, traça os fonemas que vêem direto do meu cordial.

Sei caro amigo, que a semente do amor nunca morrerá, pois minha alma viverá na eternidade, porque de minhas palavras. Sei que todos, um dia me cultuaram e o hoje, miséria em que me vejo,s era um parágrafo numa biografia fria, num futuro que poderia começar agora.

Acredito que a minha história será lembrada muito além do além. Futuras gerações talvez não entendam e tudo será um triste enigma.

É possível que eu escreva um método para ler as minhas impressões e meus erros. Alguns já se esqueceram de mim. Basta sumir um pouco desta sujeira que é a sociedade, ou morrer, para ser lembrado como um gênio, logo esquecido ou usado como tema de persuasão.

Não agüento essa hipocrisia de pseudo-intelectos. Trágico ou não, é cômico antes de tudo. Este é o legado de um poeta possuído pela magia da verdade. Com vícios, igual a todos os outros, mas com a singularidade daquele que escreve sem medo.

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